Friday 25 September 2009

Vanfest: O maior encontro mundial de PDF!



A única participação portuguesa no certame internacional. A equipa do Sala das Máquinas.

Bom, nem os comboios chegam a horas por vezes, por isso, penso estar desculpado perante este atraso em descrever aquele que é considerado o maior evento de Volkswagen "Pão-de-Forma" ( PDF ) do Mundo. Existe o SOTO meeting ( Society of transporter owners) na Califórnia nos Estados Unidos, que foi durante muitos anos considerada a meca dos "pães de forma",mas o encontro de Malvern já há muitos anos que ultrapassou em quantidade e variedade o evento da terra dos hambúrguers. Ainda bem. À distância de um punhado de Euros, podemos passar o fim-de-semana rodeados de barulhos de "panela de pressão" ou de " cafeteiras cheias de pregos ferrugentos", provenientes das " carrinhas do peixe" e " dos ciganos". Foi o que a equipa de reportagem do Sala das Máquinas fez, inscrevendo a única participação portuguesa no encontro. O veículo oficial do "Sala das Máquinas" é uma PDF!


Não. os "Sârfes" ficaram em casa a ver o "Morangos com Acúcar..."

Como as "aspas" demonstram, estes são termos perjorativos com os quais as PDF tiveram de lidar durante grande parte da sua existência. Com o advento da geração "morangos com acúcar", estes excepcionais veículos, que não capitulam perante nada, que foram negligenciados e maltratados durante anos a fio carregando todo o tipo de carga e perdendo peças pelo caminho ( Alguém por volta de 1991 achou um pára-choques traseiro no Centro Sul em Almada? Se sim, era meu!...), como eu ia dizendo, estes veículos têm visto o seu interesse disparar, conotados inexplicavelmente com o movimento " Sârfe" e com os hippies.


If you go to San Francisco...Os Hippies gastam o dinheiro todo na droga, e não consegueriam manter um PDF nos dias de hoje. Voltaram-se para as Ford Transit sem inspecção.


Percebo que uma quadrilha de drogados nos anos sessenta pudesse aceder aos restos de uma PDF, e que a fizesse circular na via pública, longe que ainda estaria o advento das inspecções periódicas. Podiam drogar-se em andamento, dada a pouca velocidade, e uma vez parados, poderiam-se drogar mais calmamente, e fazer amor indiscriminadamente uns com os outros de qualquer maneira e feitio. A ouvir Scott Mckenzie, sem dúvida.
Mas em termos de valor moral e histórico era como hoje um bando de drogados utilizar uma Ford Transit velha! Será que as próximas gerações vão idolatrar as Ford Transit,porque foram veículos excepcionais, ou porque os pais costumavam ouvir Limp Bizkit e tomar Ecstasy numa de 1992 toda pôdre? De cada vez que numa passadeira oiço os transeuntes dizer que é " uma carrinha dos hippies" dá-me vontade de lhes mostrar a parte de baixo do chassis, acelerando sobre eles. Paz e Amor, bicho!



Uma Ambulância alemã. A servir de dormitório para a "tripulação"...



Bom. A Vanfest. É por causa disso que estamos aqui. Este evento reuniu cerca de - reparem bem- 4000 PDF provenientes de toda a Europa. Isto números oficiais das inscrições, porque por todos os parques de estacionamento ( E os parques de estacionamento dos eventos ingleses, são sempre do tamanho de vários campos de futebol...) era um fartar de carrinhas VW, das mais antigas às mais modernas.

O que há na Vanfest? Bom, a imaginação é o limite. Desde raríssimas PDF da fábrica alemã, trazidas em contentores, até a moderníssimas zero KM, e a modelos transformados com motores V8 ou de Subaru Impreza. Modelos 4X4. Com motores a jacto. Com Passats cortados ao meio a servir de atrelado ( Para que mais serve um Passat?...)



"V"-me só isto!...Um V8 4200 cc numa Volkswagen Pão-de-Forma!


Por todo o lado, stands e expositores de peças, permitem que a mais estranha peça seja encontrada, embora por vezes, com preços pouco convidativos. Por causa deste fenómeno, muitas fábricas voltaram a produzir peças para as PDF, e é possível encontrar literalmente tudo.



Tira a mão!- Uma "pão" novínha em folha! Preço em Inglaterra? "quaisqueres" seis mil contos...


Num encontro desta dimensão, fica muito difícil para a "polícia" do betume actuar, e para a "Gestapo" dos parafusos exercer a sua pressão. Cada modelo de PDF é um testemunho individual, e é cada vez mais difícil encontrar um modelo " de origem" tão do agrado dos "especialistas". Mesmo "Sambas" valiosíssimas dos primeiros modelos, tinham Sub-woofers e ignição electrónica a meter nervos.


Tetris- Uma PDF ás peças, para quem gosta de brincar com Legos...


Numa extensão equivalente à Expo 98, durante um Fim-de-semana, a PDF e o seu culto foram celebrados, entre milhares e milhares de visitantes que levaram de volta a certeza de momentos inesquecíveis. Hippies, não vi nenhuns, e "Sârfistas", só cabeças de vento que vão para Cornwall deixar apodrecer o que resta das suas PDF " rat". Passei por alguns na beira da estrada, a caminho da M5. Já vão perder o último episódio do "Morangos" provavelmente...
Vanfest? Um evento a marcar com um marcador preto grosso no calendário de 2010... Eis mais umas fotos de algo que é mais do que um encontro ou um evento, mas sim a celebração de um culto. O do veículo comercial mais amado do Mundo.


A "Vanfest" recebeu milhares de peregrinos não-praticantes ( A bordo de outros veículos de estirpe inferior...)



Deixa-as entrar! - Embora com motor à frente arrefecido a água, continuam a ser carrinhas VW. E sempre enervam os "puristas" que têm a mania que isto dos clássicos é só para peças de museu. Bem-vindas,portanto. Suspensão a ar, ainda por cima...


"Fafá de Belém gostaria deste "Vermelho"...



Baixo nível: Uma "Pick-up" rebaixada.





Musica irlandesa no "palco" improvisado. O ambiente "Pão-de-Forma" no seu melhor...





On the rocks- Uma ambulância 4X4 do gelo. ( Suiça)




O mito explicado: O motor do Subaru Impreza assenta como uma luva nas Volkswagen "Pão-de-Forma". Vão-se habituando...
















































Tuesday 15 September 2009

Ratificar o conceito...

Boa de chapa: Economizar ao máximo na tinta,para poder pagar a inscrição no encontro...



" Bati com os cornos na parede"...Uma frase de certeza dita após manobras apertadas...


Para uns um modo de vida, para outros uma heresia. O que leva alguém a "produzir" um veículo com estas características? Quais as motivações que estão por detrás destas criações, e quais os critérios envolvidos? Para tentar saber um pouco mais sobre isto, conversei com alguns proprietários de modelos "Rat", disciplina automóvel ainda pouco difundida, quase como Tabu, a medo, por entre os encontros que tenho frequentado.
Será por falta de dinheiro para recuperar decentemente o veículo? Não necessariamente. Porque parte-nos a cabecinha toda, ver uma carrinha raríssima como uma Samba, completamente ferrugenta e mesmo parcialmente incendiada, mas com umas brutas dumas jantes especiais e um motor recente modificado. Num sentido lato, o conceito " Rat", começou a aparecer na cena Mundial nos anos setenta, muito com a "culpa" da trilogia Mad Max de Mel Gibson, e com a literatura pós-holocausto nuclear tão em voga no início da década de oitenta. A idéia de um veículo sobrevivente utilizando peças de outros, e apetrechado com utensílios e ferramentas necessárias para uma luta diária em território hostil e inóspito,com a estética relegada para segundo plano, alimentou o imaginário dos entusiastas deste tipo de transformação por muito tempo, chegando até aos dias de hoje.



Catálogo Robbialac Ref. 2231 : Cigano look



No sentido restrito do termo, e de acordo com as opiniões que recolhi, produzir um veículo "Rat", tem uma origem social: Com o crescimento da cena clássica por todo o lado, cresceram igualmente as "Organizações","Federações", " Confrarias", "Clubes" e " Associações" nacionais e internacionais, que de repente resolveram decidir como e quando devemos usufruir dos nossos veículos. Algures, alguém com uma barba e um cachimbo, vestindo um fato, decide se o nosso carro é um classico ou não, de acordo com o tipo de parafusos que temos a segurar a matrícula. Algures, há sempre um grupo de pessoas que quer sempre dizer aos outros como deve e não deve fazer. Como não conseguem mandar em casa...De repente, o simples entusiasta que considerava os encontros de veículos como um sítio "livre" onde pudesse trazer aquilo que de melhor pôde arranjar, ou seja, a sua modesta e ferrugenta montada, ficou refém da opinião dos "técnicos".




Aviso válido também para os "técnicos" dos encontros...


Os encontros, passaram então a ser uma espécie de "tribunal" onde qualquer escorrido de tinta ou espelho lascado seria punido com um franzir de olhos. Em vez de um encontro de idéias, passou a ser um aglomerado de pessoas com lupas a coçar o nariz.Assim, o fenómeno "Rat" é sobretudo uma contestação visual. Um Grito mudo de insubordinação, de alguém que apenas quer gozar em Paz o seu veículo. Um "manguito" ás normas e à sociedade que se intromete no espírito do indivíduo. Um movimento "Punk" sobre rodas.Produzir um veículo "Rat", envolve estudo e planeamento, ao contrário de que muita gente pensa. Longe de serem veículos desmazelados ou pouco fiáveis, muitos dos "Rat" percorrem milhares de quilómetros mesmo em deslocações ao estrangeiro, o que muito atesta a sua fiabilidade.



Encomende já o catálogo VW 2010...



O propósito do "Rat" é chocar. É atraír as atenções. É obrigar as pessoas a parar e a pensar. É como um acidente na estrada: Temos de parar e olhar. E tirar as nossas conclusões. Os "Rat" são de longe os veículos mais fotografados dos encontros, e uma mais valia visual para cena. Produzir um "Rat" diz também muito do seu proprietário. Só uma personalidade forte decide ir contra a maré da opinião e da maioria, e fazer o seu próprio "statement". Respeito-os por isso. O resto, já sabemos. Haverá quem goste, e quem não goste. Indesmentível, é o facto que a contestação social atinge sempre diversas e estranhas formas,e não se deixar pisar por causa de franzir de sobrolhos . Em última análise, é até disso mesmo que se alimenta. No dia que o conceito "Rat" fôr mainstream ou consensual, morrerá. Até lá,o "Rat" veio para ficar. Habituemo-nos...





Os participantes dos encontros VW portugueses, estavam cada vez mais a sentir na pele o preço cobrado nas inscrições...



(A propósito: Estas fotos são da Vanfest, deste último Fim-de-semana. A maior manifestação de Pães-de-forma do Mundo. Um post já a seguir...)

Monday 7 September 2009

Cheguei!


A Pão de Forma utilizada nesta viagem, numa foto antiga em 1989, estacionada por detrás dos Bombeiros de Cacilhas. ( Em breve, ameaçada pelo reboque da Càmara...)




Saíndo do Eurotunnel, vinte anos depois, para uma nova fase da sua existência, após uma odisseia de duas semanas pela Europa.


Parece impossível.

Uma carrinha com 50 anos, que em Março de 1989 pedi para descarregarem das traseiras de uma camioneta de carga, porque queria aproveitar o motor, porque o ferro-velho onde ela ia ser descarregada estava fechado para almoço, e a malta da camioneta estava a almoçar na mesma tasca do que eu, percorreu 20 anos depois 5251 Km com uma tripulação de seis pessoas e 350 Kg de carga e equipamento. Debaixo de temperaturas por vezes acima dos 40 graus, e em condições de trânsito violento como auto-estradas e cidades congestionadas.
Estou sem palavras.

Confesso que quando ia a passar por Vila Franca de Xira, e a bomba de gasolina entupiu, pensei " isto é loucura". Mas depois pensei que a alternativa para as minhas férias era voltar para as filas da praia e dos centros comerciais, e ouvir o jornal da noite a dizer que tudo estava pior do que ontem. Assim, meti na cabeça que para a frente é que era o caminho...

Hoje apenas fiz 900 Km, desde Reims até Staffodshire,porque sinceramente o tempo disponível para esta viagem acabou, e há que voltar ao trabalho. Não tirei fotos nenhumas do Reino Unido, porque realmente, é só M20,M25 e M1 e respectivas áreas de serviço. O resto, maço-vos eu durante todo o ano com coisas do Reino Unido.


A bordo do Eurotunnel ( Flash proibido de utilizar,por causa do sistema anti-incêndio)


Para trás ficam momentos inesquecíveis, amizades feitas, momentos difíceis e de tensão, avarias pequenas e sem importância,locais descobertos com admiração e também com desilusão, medo de avariar em plena auto-estrada de madrugada com camiões e camiões a ultrapassar constantemente durante horas, filas únicas com uma "procissão" de automobilistas danados atrás, praias de água quentinha e azulinha com palmeiras, e sobretudo tempo de qualidade que de outro modo nunca iria conseguir se optasse por umas férias "normais".


Não sou rico, e esta viagem apesar dos patrocínios saíu em grande parte do meu bolso. É como tudo na vida: Temos de tomar opções. Esta viagem significa que não vou poder comprar um ecran plasma para a sala, ou o último telemóvel de última geração. Mas posso garantir, que ´com imaginação e alguma preserverança, e sem vergonha de ser desenrascado, é perfeitamente possível a um chefe de família fazer algo semelhante.


Há a tendência de pensar que este tipo de viagens é só para gente rica e privilegiada, com carros imaculados e com milhares de Euros gastos. Nada disso. Os "técnicos" dos encontros de VW que têm visto a minha carrinha, têm coçado o nariz com fartura e dado pontapézinhos nos pneus a apontar defeitos.

Pois para vocês, ora toma! Aqui estou eu no final da viagem, e podem guardar a vossa relíquia com os parafusos da matrícula polidos na sala de jantar. Porque a glória de possuir um clássico é ter histórias para contar. Caso contrário comprava vasos e terrinas do séc XIX. Não tenho a luz de matrícula "de origem", mas passeei nas ruas do Mónaco entre Lamborghinis e Ferraris. Tenho escorridos de tinta e está toda "mal pintada", mas posei com raparigas em topless em Barcelona. As borrachas das portas estão ressequidas, mas almocei nos Alpes com camionistas portugueses e com proprietários de outras PDF . A porta do motor traseiro não é " de origem", mas pilotei um hidro-avião no Lago Como. Coisas do género.Percebem o que quero dizer.


Um obrigado profundo aos patrocinadores RDP Internacional, Hugo Peças, Vintage Vans e Enrico Ricambi em Itália. A viagem chegou ao fim, e o mérito é vosso também. Mais uma prova de que juntos podemos fazer coisas interessantes e diferentes. Tornar o dia-a-dia em algo que valha a pena ser vivido. Abrir os horizontes e novos caminhos. Não estagnar e continuar a ser surpreendido todos os dias como um puto de oito anos.


É esta a génese e o modo de viver aqui na Sala das Máquinas. Obrigado por estar aí desse lado.






Sunday 6 September 2009

Lucerne e Suiça

Preso no trânsito do Túnel de San Gothard ( Atravessado em vagas de 20 veículos) juntamente com os meus novos amigos holandeses e alemães aos comandos de duas PDF



Após passar por diversos túneis , um dos quais o San Gothard com 19 Km de extensão, eis que chego a Lucerne. Uma bonita cidade com um rio, cultural e desenvolvida. Durante a noite, estudantes de música interpretavam peças de música clássica no meio de uma ponte de madeira pedonal, que une as duas margens.

Toda um ambiente descontraído, com famílias a passear pela noite calma, e bares cheios , com músicas para todos os gostos.Uma boa opção para ,por exemplo, um fim-de-semana diferente.
A Suiça é pequena: Com um "pão-de-forma" a 70 a fundo, atravessa-se bem num dia. É obrigatório comprar um selo para as auto-estradas, válido para todo o ano, mesmo que apenas estejamos a atravessar o País. Eu comprei um, mas nem no vidro o colei! ( Se alguém precisar de um baratinho, mande-me um mail). A moeda é o Franco, mas como estamos habituados ao Euro, abastecemos "30" pensando que estamos a meter Euros, e na caixa pedem-nos "20". Resultado, acabamos por abastecer menos do que precisaríamos. Perigoso em jornadas de 400 Km como as que eu tenho vindo a fazer.



Interlaken: Magnífico! Um local a voltar.



A PDF está a portar-se bem, e até agora apenas lhe meti um pouco de valvulina na caixa de velocidades, e substituí um tampão de gasolina que perdi em Livorno. Ganda "pão"!

Tempo para mais uma vez encontrar outros "pães de forma", da Holanda e da Alemanha, este último conduzido por duas simpáticas jovens e o seu cão.


Lucerne ( Luzern) à noite. Interessante e apaixonante.



Aproxima-se o fim desta viagem, e amanhã vou atravessar França com destino a Inglaterra. Se calhar vou ter de parar "obrigatóriamente" na Disneyland Paris. Mas sobre isso já falarei...

Para os "detractores" que diziam que a "carrinha do peixe" não era capaz de semelhante feito, eis a PDF nos Alpes juntamente com outras irmãs europeias. 4000 Km no lombo, fora o resto que falta.

Friday 4 September 2009

Cantone Ricambi Italy

Yours truly arriving at Cantone Ricambi, in Livorno.


Livorno is the eastern pause in this European tour. I always had a special interest in Italy, given its remarkable industrial and automotive heritage . Then came the "Italian job", the 1969 movie with Michael Caine, and it was irreversible: Had to go to Italy! I did it several times during my life, but kept promising I would come here with some more time, and do a trip along the north. Well, here we are, in Livorno.

A "new" Split waits a new life: Immaculate.




Travelling 4000 Miles ( until now), in a sixties air cooled vehicle, has of course its limitations and inherent problems. Some work is already due, given the extreme punishment in the roads of Italy, under a scorching Sun. Thanks to a friendly workshop owned by my friend and VW enthusiast Enrico Cantone in Livorno, I could make the so much needed pause to sort some of the problems in the van. For starters, I lost the fuel cap in one of the Livornese petrol stations ( Closed from noon to four in the afternoon, would you believe it?), and the gearbox , along with the steering box were lacking some oil.


An italian sister to my campervan. Troppo bella!




In this workshop, beetles and the likes of, get a professional and torough treatment. No stone is left unturn to give the customers VWs back its former glory. With an extensive wharehouse, and many parts in stock, Cantone Ricambi can provide solution for every classic VW problem.



An original Karmann for sale



Enrico is an enthusiast himself, and talking about VW and classic cars in general becomes compulsory. Even his office seats have pillows with the Wolfsburg Symbol! How cool is that? With a fully equipped workshop, and friendly staff always happy to help, this was a pleasant surprise and some sort of an "Oasis" for this already long trip. If you ever get around Italy in a VW, Cantone Ricambi is a place you definetely must visit.

Thank you Enrico. Hope to see you some day again.





VWelcome: Enrico guest sofa with a familiar sight...



















FOGO!



Vigili del Fuoco di Génoa: Os bombeiros voluntários italianos em acção


Um pequeno episódio digno de registo: Na passagem por Génova ( perda de tempo, a não ser para quem goste de estar rodeado permanentemente de motoretas e " aspiradores"a fazer razias) num dos inúmeros bairros de aspecto degradado que brindam os turístas, eis que por necessidade procedia a um reabastecimento numa bomba quando gritos em italiano soaram de um prédio anexo. Os italianos normalmente falam em tom de gritaria, mas desta vez, eram mesmo gritos de desespero. Eis que de repente começam pessoas a sair do prédio, e a apontar para o primeiro andar.



Motos,motoretas,"aspiradores", e um "EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE" omnipresente.


Bombeiro uma vez,bombeiro sempre, eis que pego no extintor da Pão-de-Forma e corro em direcção ao primeiro andar, onde as chamas já consumiam grande parte da sala de jantar. Nada a fazer, senão verificar no meio de italianos a correr escadas abaixo com gaiolas de periquitos e gatos, se não tinha ficado alguém no edifício. "Reconhecimento ao edifício", em gíria bombeiral.


Não tardou muito que chegasse a " Vigili del Fuoco", ou seja, os bombeiros locais, que rapidamente montaram uma linha de água para o primeiro andar. Em breves minutos, as chamas pereceram, e os estragos conseguiram ser limitados a apenas uma sala no primeiro piso. Mais tarde, percebeu-se que tinha sido uma ponta de cigarro deixada sobre o sofá, que iniciou o incêndio.



Uma artéria de Génova, a partir do interior de uma PDF portuguesa...


Saio de Génova, com a sensação triste de uma cidade muito movimentada,triste e confusa para circular. A tabuleta para a Auto-Estrada, era apenas uma placa verde pequenininha que não consegui ver, e tive de voltar para trás num desvio de 20 Km. Ainda por cima, na cidade berço da Vespa, foram poucas as unidades deste ícone do motociclismo que ví. Só "aspiradores" e motoretas de plástico. Ora bolas para a coisa...

Wednesday 2 September 2009

Veneza



Il "carabinieri". Vou-me queixar da roubalheira do preço dos Vaporettos? Não, deixa estar...



Eis que chegámos a uma das mais emblemáticas paragens desta aventura pela Europa utilizando uma velha carrinha VW " Pão-de-Forma" portuguesa. Infelizmente, O mais próximo que nos podemos aproximar de Veneza de carro, é nas redondezas de um silo automóvel, onde se paga a bonita soma de 24 Euros para estacionar. Em matéria de sacar turístas, a malta de Belém e de Fátima bem podia ter umas lições com os italianos. Enfim.




Um cacilheiro atarracado,caro e cheio como lata de sardinhas. Um "AEC" do rio...



Parada a PDF ( Pao-de-forma) no oitavo andar do silo automobili, eis que mergulho na labiríntica Veneza, onde nem mesmo com um mapa das ruas as pessoas evitam se perder! No entanto, a visita desta peculiar e lindíssima cidade que se afoga de ano para ano ( Está a afundar, segundo os especialistas) desculpa tudo. Mesmo o preço proíbitivo de roubalheira dos "vaporettos", que são uma espécie de autocarros-barco que circulam em volta de Veneza, cujas paragens são cais, como é óbvio. Seis Euros e meio por viagem, por pessoa!


Lugar então para uma visita demorada ás lojas de máscaras venezianas, e a uma pausa romântica a bordo de uma gôndola. Nota para os músicos de rua, que tocavam melodias em guitarra e violino, de um modo impressionante e muito bem executado.






Veneza é um must para quem visita Itália. Como nota final, eis que passo por uma localidade a poucos Km de Veneza chamada "Marghera", que tem um estaleiro gigantesco que constroi paquetes , barcos de luxo e transatlanticos. Enquanto certos "países virados para o Mar", rebentam com a indústria naval e dizem que "há crise", outros aproveitam e não têm mãos a medir a construir barcos e iates para todo o Mundo.



Pena que em certos países, "Margueiras" sejam apenas estaleiros a destruir e a desactivar para dar lugar à especulação imobiliária. R.I.P, Lisnave...





Nuns países, "não dá". Noutros, trabalha-se a todo o vapor, e a Indústria não chega para as encomendas. Podíamos estar a "comer" uma fatia disto. Mas interessa é centros comerciais e estádios...


To all the friends in campervans I met

( Dedicado a todos os amigos guiando "pão-de-forma" por essa Europa fora que conheci, perdoem a lingua inglesa)





I thought I was alone in this journey. I thought I was , as a lot of people made very clear to me, some sort of outcast with no much grip for reality, enduring such a long trip around Europe in an ancient vehicle.





But driving a VW caravan is about discover your limits, and push the boundaries of ourselves. There is a bond with us and our vehicles. Every single one of you, considered its "bus" or " Campervan" as part of the family. Not just another caravan bound to be replaced in a couple of years time.




Just think about all the experiences we all had in this journeys using a VW Campervan. All the people we met, all the "impromptu" meetings in petrol stations, all the easygoing approach, like we've been friends for years. All the tourists and pretty girls wanting to take photographs near our VWs. All the breakdowns easily sorted with a piece of wire and a hammer. All the pictures we took. All theat feeling we are doing something special.






Here are some of the pictures of you, people like me that reject the normality, people that want to do something different with their lives. People that want to have something to remember someday. I was so glad to meet you all. Here is the proof, that ideas and friendship, knows no country or nacionality. Hope to see you someday again. You know where to find me.





Dont ever forget the Lead replacement , and go easy on the throttle.
Have a safe journey home. Take care.