Saturday 30 May 2009

Um porco a andar de bicicleta? O flarecraft!

Os pescadores da pequena vila piscatória tinham finalmente entrado no Séc XXI



Quando pensamos que já vimos tudo, que já sabemos muito disto, e que podemos ir para a Internet e para o café escrever blogs sobre máquinas que desafiam o vulgar e o corriqueiro, eis que somos deitados da cadeira abaixo de um modo violento.


A ideia não é parva de todo: Sempre que vemos aquelas lanchas rápidas e barcos de competição motonáutica, vemos que eles devido à velocidade estão volta e meia "airborne". Ou seja, levantam vôo por uns segundos, seguidos de um "bater" com a frente na água, e novamente com um novo "descolar".


E que tal se houvesse um barco, que devido à sua velocidade, permanecesse mais uns segundos no ar, aumentando assim a sua velocidade, evitando o "bater" na água, tornando-se num veículo mais rápido e suave? Não seria um avião, porque apenas possuíria sustentação para "amortecer" a queda na água, e manter-se no máximo dois metros acima do nível do mar?


Eis que surge assim o Flarecraft. "Flare", é um termo de aviação que designa o comportamento de uma aeronave no momento antes da aterragem em que ainda não entrou em perda ( Stall), mas não dispôe de potência para ganhar sustentação. Apesar deste protótipo ser dotado de um motor de aviacão, não é considerado uma aeronave, mas sim um puro barco. Que basicamente, se aguenta no ar por uns segundos, devido a umas asas que lhe amortecem a queda . Tecnicamente, não se pode chamar "vôo",porque não existe sustentação. Daí "flarecraft".


Actualmente, apenas foram vendidos algumas unidades deste modelo, que ainda apresenta "doenças" da pouca idade. Promenores derivados de ainda ser uma ideia nova que precisa de melhoramentos. Como a relativa fragilidade da asa traseira ( Não é um leme de profundidade), e a distribuição de peso quando o depósito fica vazio. Disponível na versão de um piloto e dois passageiros, em breve será disponibilizada uma versão maior.


Enquanto este barco está no ar, não sofre as "batidas" do Mar, e aumenta a velocidade, encurtando o tempo de viagem. A ideia é boa. Vamos ver como é que "pega", e como a História vai interpretar mais este episódio em que o Homem não desiste na procura de meios de transportes mais eficazes . E interessantes, já agora.

2 comments:

Bruma said...

Pois, só nos resta esperar para ver, tal como acontece com os carros eléctricos, os carros do futuro! Ver para crer... mas que muito lentamente já entraram no mercado... veremos o que nos diz o futuro!

E agradecida pela explicação e tempo.

jinhos e um bom Domingo

Anonymous said...

Confesso... detesto aviões!!! ;)