This ist mein parking space! E agora discutir?
Há dois anos, na feira de Beaulieu,próximo de Southampton, comprei um triciclo da altura da Segunda Guerra Mundial. Bastante ferrugento e frágil,como convêm, mas a transpirar História por todos os poros. De cada vez que olho para aquele triciclo,agora gentilmente colocado sobre uma prateleira na garagem junto de outros artefactos históricos, entre os quais uma AK47 desactivada, imagino imediatamente sirenes de bombardeamento e carros a circular de noite com os faróis tapados, guiados por nostálgicas senhoras de gabardine e bóina, ao jeito de Ingrid Bergman.
O "problema" dos clássicos, é quando se tornam vulgares: Por exemplo, o Morris Minor em Inglaterra, é uma visão comum, nos supermercados e nos jogos de bola, e de certa forma as pessoas não conseguem associar o Minor com Nostalgia, nem começarem a idolatrá-lo como clássico.porque este ainda faz grande parte do dia-a-dia.
Não,senhor guarda. Não tenho carta para conduzir isto. E depois?
Os clássicos, são também como a droga: Começamos com algo "leve" e acessível, como uns Minis e uns Carochas, e passamos depois para as "pesadas" , que nos fazem rebentar com o dinheirinho todo, e fazem as pessoas à nossa volta levarem as mãos à cabeça por nos julgarem infinitamente perdidos. Aqui entram,por exemplo, os camiões, autocarros...e tanques de guerra!
O último Benfica -Sporting viu os adeptos a recorrer a violência extrema...
Não é das primeiras coisas que um entusiasta procura, quando começa " nisto" dos clássicos. Normalmente, e nos tempos que correm, uma YE-YE é o caminho mais fácil para obter as primeiras "alucinações" e " pedradas" . Convenhamos que não é fácil olhar sequer para uma " coisa" que pesa vinte toneladas no mínimo, desrói o alcatrão , é comandada por hidráulicos e tem como função destruir edifícios e outros tanques. E pisar Citroens AX por passatempo. O que só abona em seu favor.
Os guardas do parque levavam a sério os avisos de não pisar a relva...
Mas apreciar o modo como estas colossais máquinas foram construídas, o modo como a engenharia foi aplicada para resolver questões emergentes de uma actividade limite, que é o esforço de guerra, as soluções técnicas abruptas, mas ao mesmo tempo extremamente frágeis , e o factor adicional de que uma vez terminadas as hostilidades são prontamente votadas ao abandono pela sociedade que quer continuar em frente e esquecer a guerra.
O tanque de guerra, pode ter um papel social e lúdico, e em última análise mostrar como pode ser terrível um teatro de operações de guerra. Em Ingaterra existem inúmeras empresas de recreio que ALUGAM tanques para interessados em experimentar a sensação de guiar um veículo que não para perante nada, e vence obstáculos como se fosse um elefante a pisar um ovo da Kinder.
Para os mais entusiastas, existe o festival TANKFEST, no sul de Inglaterra, que terá a sua edição este ano a 27 e 28 de Junho. Presentes vão estar,como sempre, modelos conhecidos internacionalmente, como Panzer alemães e Sherman americanos. Entre Abrahams, Tigers, Challengers ou T54 russos. Um evento único no Mundo, a não perder. Organizado no museu dos tanques ( Tank Museum) em Bovington, que fica no Sul de Inglaterra.
Mais informação em
A feira da Ladra estava cada vez mais a apostar em material militar...
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