O mercado por vezes ataca-nos os sentidos de modo a despertar-nos o desejo,e todos nos lembramos de ,como por exemplo, aqueles farolins no pilar traseiro colocaram o Punto numa liga completamente diferente do anterior Uno, ou em como o Mégane com aquela traseira que a marca insiste em classificar de Sexy, com anúncios de moçoilas a abanarem as calças, mas que não passa de um grotesco exercício de design feito por um morador de uma instituição para doentes mentais.
Mas estes carros, devido á sua grande tiragem, rapidamente acostumaram os nossos olhares e estômagos, e agora é corriqueiro e banal cruzarmo-nos com estes veículos, sem recorrer ao Paracetamol. Mas o problema persiste em alguns modelos ,clássicos e modernos, sem remédio.
Pos vezes, prejudicamos o design em função de uma mecânica mais elaborada, e não nos importamos nada de ter um carro "feio" com um V8 a grunhir. Por exemplo, o Daimler Dart.
É preciso alguma coragem para gastar dinheiro num carro de fibra de vidro, com uma frente que parece um Peixe- espada com quinze dias de congelador, e sobretudo para sair á rua com ele.Está bem é um V8, mas isto é ir um pouco longe demais para chamar a atenção. Ao menos não enferruja ( muito), e sempre nos poupa a uma visão ainda mais obscena.
Depois, temos um carro que apesar de ser muito competente e apresentar a idéia brilhante de proporcionar seis lugares em duas filas de bancos, parece um sapo com um quisto nas costas. O infeliz Multipla, que volto a dizer é um carro bastante capaz, não fora a sensação de estar a conduzir dentro de um aquário.
Temos os "novos" jeeps que pretendem seguir a senda dos populares Hummers,construindo modelos que se assemelham a contentores de entulho , propulsionados pelos ridículos VM italianos, uma espécie de Hot Dog feito na Brandoa, e os "guarda-vestidos" como os Atos e companhia. Na categoria de "guarda-vestidos", o Daihatsu Move ganha com uma vantagem tremenda.
Mas o carro que bate todos os records de fealdade, um carro que parece ter sido concebido num concurso para ver quem conseguia desenhar o carro mais feio do mundo, um carro construído para ameaçar crianças quando não querem comer a sopa, é o Ssangyong Rodius!
Mesmo o nome, obriga-nos a procurar imediatamente no bolso da camisa os comprimidos de Paracetamol. Há por aí uns monovolumes feios, como o Zsara Picasso, ou o novo Honda FR-V, mas este abusa do privilégio! Ao longe,aí a três quilómetros de distância, parece ter algumas semelhanças com um Mercedes, mas ao perto, parece que estamos a ver o "Blair Witch Project".
Como pode ter sido possível alguem ter desenhado aquilo? Será que o doente que desenhou a traseira do Megane fugiu para aqueles lados? Mas seja como fôr, será sempre preferível um carro eficaz e feio, do que um bonitinho e oco. E se formos a ver, um carro feio tem menos hipóteses de ser roubado...
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