(c) Mike Silva/Sala das maquinas
Desde que o interesse por maquinaria anciã existe , que o dilema do "É clássico/não é clássico existe. Muitos de nós consideram determinado modelo um veículo clássico, enquanto a outros praticamente lhes dá um ataque de tosse convulsa de desaprovação.Mas afinal, o que é que é clássic e o que é que não é?
Se esperam respostas concretas, tipo uma lista do que são considerados carros clássicos , e uma lista dos que não são, receio estar a fazê-los perder tempo: Mesmo em Inglaterra, país onde o automóvel sempre despoletou vontade e interesse na sua preservação, oferecendo ao Mundo veículos únicos pertencentes à esfera do sonho , este assunto não está serenado. Muita "pêra" tem de haver ainda nos pubs para chegar a um consenso. Nem só de Futebol vive a pancadaria.
O extremo autísmo de considerar um carro "clássico", apenas olhando para a data de registo no livrete, é o mesmo que olhar para um retrato de Idi Amin, e dizer que "parece um tipo porreiro". Porque carga de água um carro com vinte e quatro anos e 364 dias não é um clássico, e no dia seguinte já o é? Não faz sentido. Além disso , em Inglaterra a data para ser considerado "Histórico", parou no ano de 1973. E os meus amigos sabem que existem carros extraordinários , autênticos clássicos, fabricados muito depois dessa data.
Como não considerar um Sierra Cosworth de 1986 um clássico? teriam coragem? Eu não. Se o fizesse, era um correr á procura de pedras nas redondezas, enquanto eu me tentaria refugiar atrás dos carros estacionados. Não. Por outro lado , chamar "antigo" a um Golf GTI, parece obsceno.
Como se a confusão não bastasse, eis que deitamos na panela a ferver os chamados "clássicos modernos". E a zaragata estala!
Fartos de ter os vidros partidos e a Policia sempre em força, com Fords Transit carregadas de cães e cassetetes, os ingleses parecem ter achado uma formula algo inteligente de classificar os objectos das nossas preferências: Para já , o ataque generalizado ao termo "Antigo", que se traduz em "Old". Chamar estes carros de "Old", é tão redutor e injusto para outros clássicos, mais jovens . Ninguem quereria trazer um Celica ou um TVR a um encontro de "Old " cars. Por isso essa dos "automóveis antigos", não pegou.
Depois temos os "Históricos". Os Históricos, são os veículos que realmente já passaram a barreira dos 25 anos, ( 1973 em Inglaterra), e são alvo de aturada preocupação em manter o estado original. Mas sem fundamentalismos. Qualquer adapatação ou modificação é amplamente aceite, desde que seja reversível. Tenho um Seven com radiador de favo "normal", em vez do de "serpentina",mas se a "Gestapo dos parafusos" fizer muita questão, posso colocar um original em 20 minutos. Mas não sei porque o faria. Para sobreaquecer o carro? Para figurar nas "Normas FIVA" ( Rir) .Ganda pinta: Tinha um carro que andava lindamente, mas para estar "nas normas" agora sobreaquece passados dez minutos. Oh, pleeease!
Mas mesmo assim, este termo contribuiria para ostracizar uma larga faixa de apreciadores de maquinaria considerada "moderna" de fora dos encontros. Por isso surgiu a designação de "Clássico".
Isto pode ser muito para a cabecinha de muito fundamentalista, mas , tenho más noticias: Clássico,é de facto todo e qualquer veículo que já tenha passado o seu tempo de vida util, em que o dono esteja disposto a gastar mais do que aquilo que o carro vale, o todo e qualquer carro que saia da norma e atraia pelo seu design e carisma.
Não sou eu que o digo, mas TODA a industria dos clássicos espalhada por esse mundo fora. Organizações.Publicações.Eventos. Feiras. Fabricantes. Retalhistas. Por muito que não gostemos de ver "New beetles " misturados por entre uma caravana de Carochas em Alguidares de cima, eles tem lugar na cena, nem que seja para as pessoas verem o quanto o modelo se transformou com o passar do tempo. E para irem a correr comprar um velhinho... O Chrisler PT cruiser tem inumeros clubes espalhados pelo globo, bem como foruns na Internet. Será que o Cobra ou o Viper não serão clássicos? O Murciélago não será um clássico. Ou o Golf GTI? Ou o Celica? O Impreza? O RR Phantom?
Claro que sim. Antigos ou Históricos, pode ser que ainda não. Mas quanto mais cedo abrirmos o nosso espírito e aceitarmos que o termo clássico é muito abrangente e vasto, melhor poderemos evoluir e aceitar que outras pessoas também tem direito a usufruir de um carro que considerem especial. Nem que seja um Escort de 1988.
Se esperam respostas concretas, tipo uma lista do que são considerados carros clássicos , e uma lista dos que não são, receio estar a fazê-los perder tempo: Mesmo em Inglaterra, país onde o automóvel sempre despoletou vontade e interesse na sua preservação, oferecendo ao Mundo veículos únicos pertencentes à esfera do sonho , este assunto não está serenado. Muita "pêra" tem de haver ainda nos pubs para chegar a um consenso. Nem só de Futebol vive a pancadaria.
O extremo autísmo de considerar um carro "clássico", apenas olhando para a data de registo no livrete, é o mesmo que olhar para um retrato de Idi Amin, e dizer que "parece um tipo porreiro". Porque carga de água um carro com vinte e quatro anos e 364 dias não é um clássico, e no dia seguinte já o é? Não faz sentido. Além disso , em Inglaterra a data para ser considerado "Histórico", parou no ano de 1973. E os meus amigos sabem que existem carros extraordinários , autênticos clássicos, fabricados muito depois dessa data.
Como não considerar um Sierra Cosworth de 1986 um clássico? teriam coragem? Eu não. Se o fizesse, era um correr á procura de pedras nas redondezas, enquanto eu me tentaria refugiar atrás dos carros estacionados. Não. Por outro lado , chamar "antigo" a um Golf GTI, parece obsceno.
Como se a confusão não bastasse, eis que deitamos na panela a ferver os chamados "clássicos modernos". E a zaragata estala!
Fartos de ter os vidros partidos e a Policia sempre em força, com Fords Transit carregadas de cães e cassetetes, os ingleses parecem ter achado uma formula algo inteligente de classificar os objectos das nossas preferências: Para já , o ataque generalizado ao termo "Antigo", que se traduz em "Old". Chamar estes carros de "Old", é tão redutor e injusto para outros clássicos, mais jovens . Ninguem quereria trazer um Celica ou um TVR a um encontro de "Old " cars. Por isso essa dos "automóveis antigos", não pegou.
Depois temos os "Históricos". Os Históricos, são os veículos que realmente já passaram a barreira dos 25 anos, ( 1973 em Inglaterra), e são alvo de aturada preocupação em manter o estado original. Mas sem fundamentalismos. Qualquer adapatação ou modificação é amplamente aceite, desde que seja reversível. Tenho um Seven com radiador de favo "normal", em vez do de "serpentina",mas se a "Gestapo dos parafusos" fizer muita questão, posso colocar um original em 20 minutos. Mas não sei porque o faria. Para sobreaquecer o carro? Para figurar nas "Normas FIVA" ( Rir) .Ganda pinta: Tinha um carro que andava lindamente, mas para estar "nas normas" agora sobreaquece passados dez minutos. Oh, pleeease!
Mas mesmo assim, este termo contribuiria para ostracizar uma larga faixa de apreciadores de maquinaria considerada "moderna" de fora dos encontros. Por isso surgiu a designação de "Clássico".
Isto pode ser muito para a cabecinha de muito fundamentalista, mas , tenho más noticias: Clássico,é de facto todo e qualquer veículo que já tenha passado o seu tempo de vida util, em que o dono esteja disposto a gastar mais do que aquilo que o carro vale, o todo e qualquer carro que saia da norma e atraia pelo seu design e carisma.
Não sou eu que o digo, mas TODA a industria dos clássicos espalhada por esse mundo fora. Organizações.Publicações.Eventos. Feiras. Fabricantes. Retalhistas. Por muito que não gostemos de ver "New beetles " misturados por entre uma caravana de Carochas em Alguidares de cima, eles tem lugar na cena, nem que seja para as pessoas verem o quanto o modelo se transformou com o passar do tempo. E para irem a correr comprar um velhinho... O Chrisler PT cruiser tem inumeros clubes espalhados pelo globo, bem como foruns na Internet. Será que o Cobra ou o Viper não serão clássicos? O Murciélago não será um clássico. Ou o Golf GTI? Ou o Celica? O Impreza? O RR Phantom?
Claro que sim. Antigos ou Históricos, pode ser que ainda não. Mas quanto mais cedo abrirmos o nosso espírito e aceitarmos que o termo clássico é muito abrangente e vasto, melhor poderemos evoluir e aceitar que outras pessoas também tem direito a usufruir de um carro que considerem especial. Nem que seja um Escort de 1988.
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