O pesadelo da "Gestapo dos parafusos"...Um clássico modificado
Apreciar um veículo clássico, é um acto que se descreve sob as mais variadas formas. Há quem os coloque numa redoma,quem insista em usufruir deles, é há ainda os que gostam de levar o conceito até ao limite...Estará o panorama dos clássicos a mudar?
Será que há algum acto que possamos fazer, que "destitua" um veículo de ser clássico? Eis uma pergunta interessante! Será que, por exemplo, ao utilizarmos uma carroçaria de um carocha, sem nada , nem mesmo o mais pequeno parafuso, e lhe aplicarmos um chassis tubular com um motor V8, ele deixará de ser um carocha?
Não me cabe a mim responder.No entanto,parece existir cada vez mais uma corrente de entusiástas que opta por levar a paixão por veículos clássicos a outros níveis, " pushing the boundaries" ,como os nossos amigos ingleses costumam dizer. Parece que para este grupo de apreciadores , procurar parafusinhos e calços de travão de origem para um determinado modelo, já não chega para saciar a vontade de apreciar veículos clássicos.Querem mais!
Sim, tem suspensão pneumática,motor SCAT e travões de disco. So what?
De algum modo, aperceberam-se de que o potencial de chamar a atenção da multidão sequestrada no interior de utilitários de plástico cinzento metalizado, pode ser grandemente melhorado quando optam por modificar os seus veículos. E como vantagem adicional, ganham melhor performance para o trânsito do dia-a-dia, possibilitando aos seus carros fazer face ás rigorosas condições de operação actuais.
Entretanto, libertos das regras espartilhadas do mundo dos clássicos "normais" , onde uma "Gestapo dos parafusos" escrutiniza incansávelmente os veículos, procurando levar a taça para casa por terem descoberto um escorrido de tinta, ou uma lasca no espelho, os proprietários destes carros descobrem também outra coisa: Prazer na condução!
Não está de origem? Pois não. Mas tem 600 cavalos e deita uma chama de cinco metros...
Subitamente, as molas pasmadas e ruidosas que obrigam a inclinar a carroçaria na mais simples curva, dão lugar a uma geometria que faz deslocar o clássico sobre carris.Os bancos sem apoios, que nos obrigavam a fazer as curvas apoiados nas portas, seguramo-nos agora com cintos de três apoios. O Tablier, parece muito mais apelativo agora com todos estes instrumentos, do que anteriormente. Sinto mais entrosamento e interacção com o carro! E isso só pode ser bom!
De repente, o "velho" carro que estorvava nos semáforos, passa a envergonhar dispendiosos automóveis modernos , por uma fracção do custo destes.Os sistemas de ignição e arrefecimento, em vez de contribuirem para a economia das empresas de reboque, permitem agora viagens a ritmo elevado, com menor consumo. E não consigo ver nada de errado nisso.Se alguém se arrepender, o clássico original estará apenas a algumas horas de modificação com recurso ás peças originais guardadas na garagem.
Este Ford tem motor Ford. Embora um V8, 6500 cc...0 aos cem em 4,5 segundos...
Um dos modelos mais curiosos que experimentei, foi uma pequena produção artesanal, utilizando peças de diversos modelos de automóveis e motos.
Construído em Chassis tubular, utilizando um motor de Moto FJ 1200,um pequeno carrito pertencente ao piloto de Dragsters Australiano Hevo Thunder, que alinha com ele numa classe criada de propósito para estes carros, tem impresso no tejadilho a letra do refrão da música dos "Men at Work " intitulada "Thunder". "You better run, you better take cover.."
Serã que eles vão notar que aqueles parafusinhos nos guarda-lamas não são de origem?
Estes carros devido ao seu tamanho e potência, proporcionam um espectáculo único, com velocidades acima dos 200 Km /h. Ao lado, ouvindo a conversa, um medonho Cadillac de 8800 CC com pára quedas e aquelas rodas na traseira para não "sacar cavalo" , nem sequer ousou colocar o motor em funcionamento. Principalmente, por estar mesmo ao lado da roullotte da Polícia, sempre empenhada em dar a conhecer o seu trabalho e colocar-se do lado dos entusiastas de uma forma cordial. Havia que não abusar!
Um autêntico cangalho de meter nojo aos meninos do sapatinho de vela que acham os carochas "Giros"... O dinheiro foi todo para o motor 2200 de injecção,para o escape Bugpack, e para os sub-woofers.
Não há que ter "medo do escuro".Ou seja, da reacção de entusiastas mais fundamentalistas, quando decidimos melhorar o nosso clássico. Há que respeitar todas as opcções de usufruir um clássico, pois esta diversidade é que faz pulsar a actividade e a torna interessante. Desde que não estraguem nada, e se consiga pôr de volta as molas de carroça e o motor de válvulas laterais no sítio, tudo bem.
Mas alguem iria querer ou seria capaz?
Apreciar um veículo clássico, é um acto que se descreve sob as mais variadas formas. Há quem os coloque numa redoma,quem insista em usufruir deles, é há ainda os que gostam de levar o conceito até ao limite...Estará o panorama dos clássicos a mudar?
Será que há algum acto que possamos fazer, que "destitua" um veículo de ser clássico? Eis uma pergunta interessante! Será que, por exemplo, ao utilizarmos uma carroçaria de um carocha, sem nada , nem mesmo o mais pequeno parafuso, e lhe aplicarmos um chassis tubular com um motor V8, ele deixará de ser um carocha?
Não me cabe a mim responder.No entanto,parece existir cada vez mais uma corrente de entusiástas que opta por levar a paixão por veículos clássicos a outros níveis, " pushing the boundaries" ,como os nossos amigos ingleses costumam dizer. Parece que para este grupo de apreciadores , procurar parafusinhos e calços de travão de origem para um determinado modelo, já não chega para saciar a vontade de apreciar veículos clássicos.Querem mais!
Sim, tem suspensão pneumática,motor SCAT e travões de disco. So what?
De algum modo, aperceberam-se de que o potencial de chamar a atenção da multidão sequestrada no interior de utilitários de plástico cinzento metalizado, pode ser grandemente melhorado quando optam por modificar os seus veículos. E como vantagem adicional, ganham melhor performance para o trânsito do dia-a-dia, possibilitando aos seus carros fazer face ás rigorosas condições de operação actuais.
Entretanto, libertos das regras espartilhadas do mundo dos clássicos "normais" , onde uma "Gestapo dos parafusos" escrutiniza incansávelmente os veículos, procurando levar a taça para casa por terem descoberto um escorrido de tinta, ou uma lasca no espelho, os proprietários destes carros descobrem também outra coisa: Prazer na condução!
Não está de origem? Pois não. Mas tem 600 cavalos e deita uma chama de cinco metros...
Subitamente, as molas pasmadas e ruidosas que obrigam a inclinar a carroçaria na mais simples curva, dão lugar a uma geometria que faz deslocar o clássico sobre carris.Os bancos sem apoios, que nos obrigavam a fazer as curvas apoiados nas portas, seguramo-nos agora com cintos de três apoios. O Tablier, parece muito mais apelativo agora com todos estes instrumentos, do que anteriormente. Sinto mais entrosamento e interacção com o carro! E isso só pode ser bom!
De repente, o "velho" carro que estorvava nos semáforos, passa a envergonhar dispendiosos automóveis modernos , por uma fracção do custo destes.Os sistemas de ignição e arrefecimento, em vez de contribuirem para a economia das empresas de reboque, permitem agora viagens a ritmo elevado, com menor consumo. E não consigo ver nada de errado nisso.Se alguém se arrepender, o clássico original estará apenas a algumas horas de modificação com recurso ás peças originais guardadas na garagem.
Este Ford tem motor Ford. Embora um V8, 6500 cc...0 aos cem em 4,5 segundos...
Um dos modelos mais curiosos que experimentei, foi uma pequena produção artesanal, utilizando peças de diversos modelos de automóveis e motos.
Construído em Chassis tubular, utilizando um motor de Moto FJ 1200,um pequeno carrito pertencente ao piloto de Dragsters Australiano Hevo Thunder, que alinha com ele numa classe criada de propósito para estes carros, tem impresso no tejadilho a letra do refrão da música dos "Men at Work " intitulada "Thunder". "You better run, you better take cover.."
Serã que eles vão notar que aqueles parafusinhos nos guarda-lamas não são de origem?
Estes carros devido ao seu tamanho e potência, proporcionam um espectáculo único, com velocidades acima dos 200 Km /h. Ao lado, ouvindo a conversa, um medonho Cadillac de 8800 CC com pára quedas e aquelas rodas na traseira para não "sacar cavalo" , nem sequer ousou colocar o motor em funcionamento. Principalmente, por estar mesmo ao lado da roullotte da Polícia, sempre empenhada em dar a conhecer o seu trabalho e colocar-se do lado dos entusiastas de uma forma cordial. Havia que não abusar!
Um autêntico cangalho de meter nojo aos meninos do sapatinho de vela que acham os carochas "Giros"... O dinheiro foi todo para o motor 2200 de injecção,para o escape Bugpack, e para os sub-woofers.
Não há que ter "medo do escuro".Ou seja, da reacção de entusiastas mais fundamentalistas, quando decidimos melhorar o nosso clássico. Há que respeitar todas as opcções de usufruir um clássico, pois esta diversidade é que faz pulsar a actividade e a torna interessante. Desde que não estraguem nada, e se consiga pôr de volta as molas de carroça e o motor de válvulas laterais no sítio, tudo bem.
Mas alguem iria querer ou seria capaz?
5 comments:
Bem eu não uso sapatos de vela :D mas sou dos que não gosta de ver clássicos alterados ainda que não fundamentalista...cada um faz o que gosta e admito que é tentador a ideia de um clássico adaptado para circular diariamente. Vi numa revista inglesa que existe uma empresa que vende um Jaguar E-Type com chassis, suspensões, travões e motor modernos de modo a ser utilizado como um desportivo actual só que o preço era exorbitante mas mesmo assim vendem. Se hipoteticamente considerasse adaptar um clássico seria um Gullwing :)
Grande Post sim senhor, aprecio bastante os classicos, ingleses, italianos, mas o que me fascina mais são os americanos, aqueles muscle car's são lindos. Mas sobre o Post, gostei do carocha com a suspensão alterada, é assim a minha opinião é a seguinte vale mais um classico assim alterado, que a apodrecer na sucata.
Se isso fosse em portugal tava tudo apreendido num piscar de olhos, mas felizmente que aí é diferente.
O meu calssico que sonho um dia ter, e irei lutar para que tal aconteça é dodge challenger ou Camaro.
Abraços
Viegas
Eu acho que se temos um crro, é para fazermos o que bem entendermos dele. Se de facto um carro não nos oferece prazer de condução, para quê o possuir?
Para mostrar aos "engenheiros" nos encontros, e ir lá pagar uma exorbitãncia de inscrição?
Não! Tenham paciencia. Eu tenho um carro, mas é para retirar algo dele. Senão, anuncio de jornal ou eBay com ele...
Gosto de ver este blog, bons textos e boas fotografias, mas vejo que há ai alguma raiva refundida em relação à "Gestapo dos parafusos"...vá eles não fazem mal, agora já não é preciso ter medo.
Há que aceitar todos os estilo, é que uma vez tem piada, mas tanta raivinha contida também é demais...
Abraço do Afonsinho dos sapatos de vela que anda de bmw 1602 com motor não aprovado.
concordo com tudo o q diz nas suas crónicas, o meu carro do dia a dia é uma 4 gtl algo modificada e tb com alguns podresitos, pois sou amante do rat style e tao cedo não os arranjo, foi rebaixada tem jantes do r 5 alpine, e um coração praticamente novo revisto de ponta a pavio, sinceramente é o q mais me interessa.
Quando a comprei tinha o cromado dos para choques muito estalado e como não gosto dos cromados neste carro, aproveitei para pinta-los de preto fosco, ficou um luxo, quando vou ao chapeiro, vi-me envolvido numa discussão com um perito de seguros q dizia q a carrinha não valia nada por ter assim os para choques, palavra puxa palavra foi implicar com o selector de velocidades q foi substituída a original por uma bola 8 de bilhar, mas real, quando dei por mim estava lhe a enfiar dois cachaços.
Conclusão fico pior q o catano, quando se põem acriticar o q não lhes diz respeito, maldita gestapo, bando de mete nojo muitos deles sem cultura automubilistica nenhuma, armados em sabichões, pa trocar uma lampada têm q ir xatear o electicista.
Tou farto quem me dera tar em Inglaterra fazia o q me desse na real gana sem me preocupar com rigorosamente nada.
Um abraço de quem o estima
Post a Comment